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SONETO DO TEU SEXO TÃO SUJO QUÃO VULGAR
Tens pena, o vadio amor, de mim, pois, meu corpo que sofre 
O castigo de amar, que deveria ser, culpa da alma
Aí, de mim, que, por tão pouco, amor sucumbi, ao porre 
Minha honra e os porquês, meus nomes, todos, jogados à lama
 
Bem que me aconselharam, os mais velhos, no tempo da escola 
Sobre as paixões joviais que tornam os homens infelizes
Ela, aquela confusão em forma de mulher, que erro foi ama-la 
Quando só deveria ter lhe comido, uma ou duas vezes...
 
Mas o seu sexo era tão bom e eu queria algo a mais também 
Quem sabe amar, e não só gozar pelo prazer de gozar
No corpo tão quente e eriçado da mulher que me quer bem?
 
Ao deitar-se, em o meu peito em brasas querendo morar 
Dizendo tantas bobagens e sentindo o meu cheiro de homem 
Se soubesse o quão te amei um dia, talvez tenta-se me amar