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O MASSACRE DOS INOCENTES
 
Seguravam-lhe o rosto mãos afiadas 
A pele que banhava o chão
Em vermelho sangue deixava pegadas
O desespero da lamina cortava ao coração
 
O homem não era mais tão inocente 
Em seu ódio esqueceu-se do amor 
Desejou o pior dos remédios à morte,
Gritos abafados por outros gritos de temor...
 
Ao lado a mulher de braços erguidos 
Tentava interromper a foice que a mataria 
Cansada não tinha mais suspiros ou gemidos 
Ao fim de sua resiliência morreria
 
Os outros inocentes já estavam mortos
Pelas mãos não menos assassinas dos algozes 
Não restariam vivas viúvas para os lutos  
Sem cortejo fúnebre as tantas vozes
 
Seriam outra vez silenciadas