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MEU BRANCO CORAÇÃO SEM SANGUE

 

Se você dorme estando acordada
Amando quem esta ao seu lado
Dormindo, eu suponho que o sonho
Seja que ele fosse eu ou especies de mim.
 
Mas se sou eu mesmo o que dorme,
No silêncio da noite do seu pensamento
Passo no tempo das horas das palavras
Sem nenhum acento das ideias perdidas
 
Se sumo ou me assumo sozinho em nós
Se sou o ser que dorme no seu acordar
No relento da triste lembrança do que fomos
Eu penso no meu amar e no meu quase odiar
 
O seu outro amor que as vezes me assusta.
Em outras me cala cala a fala que mata
O meu triste amor das horas vagas...
Quando por ti sou lembrado pelo rancor das tuas pragas
 
E verdade que do teu odio a indiferença
Resta apenas a lembrança do nosso amar
Ao menos o meu que se fez ainda criança
No tempo de um breve olhar.