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MAIS NADA
 
 
O que pensar
de nós dois, depois
do amor?
Na sala de estar...
 
Os copos do armário da cozinha
mancharam tantas vezes o mogno da mesa
Mas agora ela prefere ficar sozinha
Ao ser também minha na poética farsa
 
De cobrir as marcas de copos da mesinha
Com toalhas brancas de renda
Crochetadas na fina linha
Feita de algodão-doce: O açúcar da vida.
 
Acabou, já foi... Passou.
 
Eu já suspeitava 
Aquela canção no vinil
Que tocava 
Era um anuncio do quão juvenil
 
Era amar aos dezoito
O cafune ao sofá, o disco
Tanto ardil sentimento
De amor pitoresco
 
E mais nada...