Sua boca quando devora os dedos de minha mão,
Despe e revela os meus mais secretos sentimentos
A verdade é que o seu amor turba o meu coração
Provocando-me por fim gaúdios gritos
De um terreno prazer em querer apenas você
E os momentos de espera à entrega dos corpos
O meu amor do mês de agosto, me namora sem saber
Os meus segredos escritos nos guardanapos
Dos bares em que bebo, na noite sem teu beijo
Quando lembro de seu corpo nu refletido no espelho,
Sozinho com os meus olhos embreagados eu vejo
A sua boca outra vez com seu batom vermelho
Do gozo ao regojizo estou deitado sobre os lençõis
No chão do mesmo quarto de motel ao qual a sós, nós dois
Trocavamos caricias e susurros de nossa primeira vez
Estupida obviedade do amor ou minha embriaguez?