Admiro-te e amo secreta e adoravelmente
certo de que com isso te furtas de mim verdades
do corpo debrido, que mais que o calor das palavras sente...
os poemas gregos de amor dos teus olhos verdes.
Ensina-te a mim os teus lábios a doce canção
as irônicas e as adoráveis prisões do cerne
devoram-me o teu gozo sobre a carne
teu prazer e a minha maior maldição
Dedico-te a vil amada de ti mesmo
apenas meu último
reles e mais pueril dos egos
e os demais jogos
Eterna e enigmática aventura
foste um amor invejado pelos próprios Deuses
de tanta candura disfarçada de falsa jura
O adeus nunca é dito, ou de tão pouco, só as vezes
Aí de mim pensar
que te amar
seria tão fácil assim…
tristes são as ironias do fim.