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A PAZ DOS POUCOS

 

A paz é o sonho do triste
Do perseguido que veste a propria sorte
Que a cada pé de cana haja sempre o seu corte
Pois é na miséria do pão que se serve a morte
 
E é limpando o suor da propria testa
Que o pobre vê o quanto ainda resta
Cansado tenta não desistir desta luta
Peço a Deus que o siga no caminho de volta
 
Rezava e quando a reza não dava jeito
Partia com a esperança de um dia ter o direito
De voltar a sua terra orgulhar-se e bater no peito
-Sou um Sertanejo corajoso e cheio de fé
 
E seguir a pé com pés descalços
Sabendo que no fim de todos os percausos
A paz restará, não mais nas mãos
Dos tiranos. Mais sim dos puros.