A mais forte ela nunca fez
Resolveu foi ser ela através
Dele; a vencedora outra vez
E como uma Medeia se desfez
Esperou e Esperou seu próprio fim
Antecipando a desgraça humana
Que criou nos tempos de amor por mim,
Seu doentio desejo me questiona...
A atriz primitiva presa em sua personagem
E meu amor que por ela me devasta
Minha tragédia fora acreditar em sua farsa
Mas até para os limites do falo há um basta
Ninguém vive feliz à revelia do outro
Mesmo que fosse o desejo um instrumento
Narcísico, do olhar primeiro
Tens também culpa no teu ato e efeito
O amor demanda o amor
A insatisfação daquela que um dia me amou
Derrua de uma vez o pior
De tudo que ainda sou, de tudo o que restou
Em mim nada mais será como antes